domingo, 2 de junho de 2019

Minhas plantinhas


Eu acho que não sei cuidar de plantas. Mas eu nunca desisti. Sigo regando e tentando aprender. Já tive cactos, suculentas, samambaias. Não consigo. Agora estou numa nova tentativa de pequenas plantinhas. Estou aproveitando que onde moro finalmente tem uma janela que tem sol e consegui arranjar um cantinho pra elas.

Acho que o encantamento começou com o feijão no algodão. Espero que as professoras nunca parem de fazer isso nos anos iniciais, porque eu torcia todo ano pra próxima professora passar o conteúdo "feijão no algodão" só pra eu fazer tudo de novo. É incrível como os professores fazem parte das nossas vidas, porque em nenhum momento eu quis fazer sozinha. Eu queria acompanhar o crescimento junto com a professora e colegas. Acho que sempre foi importante para mim compartilhar as coisas.

Eu comecei essas tentativas quando estava terminando o colégio. Morava com a vó e seguia exatamente o que me falaram sobre cactos: uma vez por semana, meia colher de água na terra. Secaram e morreram. A vó me disse "não sei o que houve, eu colocava água todos os dias".

Quando morei em Florianópolis, no primeiro ano de vida do Fernando, eu pegava as raízes do que comprava do mercado (salsa, cebolinha) e plantava em latinha de Nescau. Deixava na sacada e elas simplesmente cresciam! Eu usei muitas vezes na comida, porque elas cresciam muito.

Essas pequenas plantas hidropônicas que são vendidas em mercados eu já tive algumas. Mas, acho que pela posição do sol dentro das casas em que morei serem ruins ou inexistentes, elas não duraram muito tempo. O maior problema é que fico manhã e tarde fora de casa, trabalhando. Gostaria de ter tempo para fazê-las circular pela casa.

Gosto de ver postagens de plantas alheias nas redes sociais. Acho lindo. Não são só fotos. São apoteoses. É o auge da plantinha que cresceu, porque alguém se dedicou a ela.

Queria poder ter girassóis dentro de casa. Aliás, queria poder ter um espaço em casa que fosse aberto para que os girassóis conseguissem girar mesmo. E samambaias. Samambaias são as mulheres crespas com seus cabelos cacheados com vida própria escorrendo para fora dos vasos.

O pátio da casa do meu vô Adair ainda tem muitas plantas - herança que ficou da vó Therezinha e que o tempo e o zelo do vô ainda mantêm. Eu adoro sentar embaixo da parreira, ficar sentindo o sol e ver as plantinhas e flores. Lá tem uma samambaia de uns 15 anos, que eu dei pra vó. Ela também carrega a nossa história.

Quando uma plantinha seca em cima, fico colocando cascas de frutas pra adubar a terra na esperança que elas voltem. Nunca desisto.

"Segue o teu destino...
Rega as tuas plantas;
Ama as tuas rosas.
O resto é sombra
de árvores alheias." - Fernando Pessoa

Um comentário:

  1. Acompanhar o crescimento de uma planta é mágico. Estou nessa aventura também. Achei que não conseguiria, mas elas estão durando e já tem até nome. Toda essa coisa de precisar estudar algo novo é muito legal. Vamos ser as senhorinhas que trocam mudinhas e conversam sobre plantas no portão de casa?

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